Nós (Rebecca e Léo) finalmente nos juntamos numa só vida, numa só casa. Mas longe de nossa cidade, São Paulo. Estamos Rio e aqui contaremos o que é essa vida a dois aqui.

17.12.04

Eu não vou!

É sexta, fim de ano, empresa nova... mas eu não vou!
Hoje é a festa da empresa, parece que vai rolar o show de uma banda que eu amo: Cidade Negra... mas eu não vou!
Pq?! Ah! Muitos os motivos, mas o principal é aquela voz, aquela que a todo instante insiste no meu ouvido direito, aquela que diz: Não vai, não vai ser tão legal assim.
É difícil darmos ouvidos a essa voz, principalmente numa situação como essa (tanta gente empolgada, roupas, sapatos, bolsas, escovas, pés e mãos, buços, chapinhas...), mas aí entram os outros motivos: tô cansada, não tô no clima, sei que vou ficar correndo atrás de amigos (que não existem) de um lado pro outro, vou ter de ficar esperando por uma carona pra voltar até a Barra.
Eu sou uma jovem velha de 29 anos que precisa reconhecer seus limites! Aos 20 anos eu nem ligava pra voz ao meu ouvido, aos 23 eu emendava uma balada (ou night, como os cariocas insistem em chamar) na outra. Hoje eu só ouço a voz e se ela diz: Não vá... eu ouço! Se derem um carro no meio da festa, eu vou perder; a oportunidade de falar mal dos outros que beberam até cair, eu vou perder; a pegação que vai rolar entre os comprometidos, eu vou perder... tudo isso por conta da voz!
Uma festa é pra se divertir, desencanar, rir, bebericar (não se embreagar), badalar... se a voz diz que isso não vai acontecer, eu aconselho: ouça a voz.
Vou curtir minha casa, dormir, ouvir música...
Vou pro churrasco no condomínio, me integrar com meus vizinhos, beber com eles, comer e rir com eles, certamente a voz vai ficar feliz.
O Léo também!!