Nós (Rebecca e Léo) finalmente nos juntamos numa só vida, numa só casa. Mas longe de nossa cidade, São Paulo. Estamos Rio e aqui contaremos o que é essa vida a dois aqui.

29.11.05

Claro que fomos!

E claro que foi de graça.
Aliás, devo dizer, nem 13º, nem 14º, nem cestas natalinas. O melhor presente que "ganhei" da Claro/ BCP foi esse:
- Festival de rock só com bandas que eu gosto muito (tirando uma, mas deixa pra lá).
- Do lado de casa (voltamos a pé, como você verão a seguir).
- E com ingressos free (coisa da Denise, já disse
aqui)

Conforme previsto, o show começaria as 17h. Então saímos de casa 16h40.
Chegamos lá as 17h e... nada de show.

Eram dois palcos. Um de frente pro outro. O show começaria no Palco 2, com Cachorro Grande.
Monta bateria. Desmonta bateria. Mas nada de show.
Problemas técinos transferiram os primeiros shows da noite para o palco 1.
Então vamos lá...

CACHORRO GRANDE (palco 1, ex-palco 2)
Entraram por volta das 20h (quase 3h de atraso...)
Show de Rock, com R maiúsculo.
Botou todo mundo pra agitar (fiquei até surpreso com a boa receptividade)
E fechou com chave de ouro, com a perfeita Helter Skelter, dos Beatles, redmindo o atrasso do festival.

GOOD CHARLOTE, BLINK 182 OU BACKSTREET BOYS? (palco 1)
Tinha muita criança no show. Tudo para vê-los.
Muito falatório (talvez a banda estivesse carente e tinha encontrado ali "alguém" para conversar), Mas para seus fãs, tudo bem.
Cumpriram bem seu papel de entreter a molecada, enquanto comíamos um lanche do Bobs.

NAÇÃO ZUMBI (palco... qual?)
Era para ser no Palco 2. Mas tinham os tais problemas técnicos...
- Vai ter o show do NZ?
- Sim, mas será no Palco 1.
- Depois do Fantomas?
- Sim.

FANTOMAS (palco 1)
Eis Mike Patton prondo toda sua genialidade a prova.
Para poucos que possuam o ouvido refinado e apurado.
E mesmo assim, conseguiu levantar o público.
É. Mike Patton é gênio.

THE FLAMING LIPS (palco 2)
Palco 2 reaberto. E com todo estilo que deveria ser.
Wayne Coyne, o vocalista da banda, ficou sobre o palco 2 desde as 17hs. Sempre com sorriso largo. Andando pra lá e pra cá. Jogando uma espécie de serpentina para o público, através de uma "arma".
Então o palco 2 estava finalmente pronto, o show do Fantomas havia acabado e somente Wayne estava sobre o palco:
- Come here! Come here! C'mon, c'mon! The show's here! C'mon! - ele chamava o público do palco 1 para o palco 2.
Ele mal saí do palco, chama seus amigos e dá início ao Show da noite (com S maiúsculo mesmo!)
Show irretocável. Surpreendente! Perfeito!
Flaming Lips deixa o palco prometendo que em breve retornarão ao Brasil para um show mais organizado e com mais tempo. E sobre mim, a sensação de que, mesmo sem ainda ter visto Nine Inch Nails, Nação Zumbi, Iggy e Sonic Youth (as bandas que eu mais aguardava), já podia ir embora pra casa satisfeito.

NAÇÃO ZUMBI (palco... alguém tem idéia?)
Era pra ser no palco 1 depois do Fantomas. Mas o que começou ali, não foi NZ....

IGGY POP & THE STOOGES (palco 1)
Era para ser perfeito, mas as bolas infláveis gigantes que a Claro jogou sobre o público impediu de vermos alguns pedaços do show.
Tirando isso, Iggy, o louco, estava lá. Insano como previsto.
Com direito a mosh (pra quem não sabe, mosh é o ato de se atirar, do palco, sobre a platéia) e bunda de fora.
Chamou o público para o palco (e foi prontamente atendido)
Histórico.

SONIC YOUTH (palco 2)
Cansaço.
Não! Não foi o show do SY que o trouxe. O que trouxe o cansaço foi a maratona de shows, o atraso (já passava ao largo da 1h da matina) os vai e vem de um palco ao outro, dançar nos show do Flaming Lips e do Iggy & Stooges...
Vi o show de longe. Ouvidos antenados. Show excelente. Com técnica. Com peso. Com melodia. Com tudo aquilo que só o Sonic Youth poderia trazer.
Para deixar a sensação de que no próximo show deles eu preciso estar descansado.

NAÇÃO ZUMBI (palco 0)
Foi no meio do show do Sonic Youth que descobrimos: show do Nação Zumbi cancelado.
Era um dos shows que eu mais aguardava, ao lado do NIN.
Era o show que a Rebbs mais aguardava.
Revoltante!
Desorganização total!
Desrespeito completo!
Absurdo!
Frustante!
Uma merda essa organização!!!!

NIN (palco 1 - a redenção)
Foi Trend Reznor subir ao palco para eu lembrar porquê eu não havia ido embora logo após o show do Flaming Lips e porquê eu estava ali ainda, em plena madrugada de Domingo para Segunda, as 3h.
- Tired of waiting?
Ele perguntou.
A resposta veio em forma de uma empolgação incrível, principalmente pelo horário e pelo cansaço.
o NIN levantou todo mundo do chão.
O melhor show do festival, disparado! Excepcional! Perfeito.
Músicas cantadas em coro pelos presentes (isso me surpreendeu)
Saí de lá sem ouvidos, sem voz, sem tudo.
E graças a Deus eu não fui embora depois do show do Flaming Lips..

Saldo final:
Apesar da organização (D+3 é nome da produtora fundo de quintal, responsável pelas merdas todas) ter se esforçado muito em estragar a noite de todos, as bandas, sem muito esforço, não deixaram isso ocorrer.
Um festival acabar as 4h30 é um absurdo.
Pior foi propôr para o NZ que tocassem depois do show no NIN.
A frase do dia, de Trend Reznor: "This is the latest show we've ever made"

Mas mesmo sem NZ, com os atrasos, com o cansaço, os shows foram tão bons, mas tão bons, que até conseguimos voltar a pé pra casa (vinte minutos só de caminhada).
Valeu MUITO a pena!
Que ano que vem tenha mais, com uma organização melhor.